A Coleção Artes do Cinema e do Vídeo tem como objetivo a publicação de dissertações selecionadas, produzidas no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Cinema e Artes do Vídeo da Universidade Estadual do Paraná. Busca-se, assim, divulgar e fortalecer a pesquisa sobre Cinema e Vídeo enquanto campos artísticos, com ênfase tanto nos processos de criação artística, quanto em teorias e discursos que se materializam nestas artes.
Coordenação: BEATRIZ AVILA VASCONCELOS (PPG-CINEAV-UNESPAR)
DÉBORA OPOLSKI (PPG-CINEAV-UNESPAR)
Conselho Editorial:
ALEXANDRE RAFAEL GARCIA (PPG-CINEAV-UNESPAR) | FÁBIO UCHOA (UNIVERSIDADE ANHEMBI-MORUMBI) |
VOLUME 1: PROCESSOS DE CRIAÇÃO PÓS-PORNÔ: AUTOGESTÃO, EXIBICIONISMO E INTERNET
por Bruno Ribeiro
"Bruno Ribeiro expõe importantes reflexões teóricas e costuras artístico-audiovisuais para temas que, por vezes, parecem tão velhos e ultrapassados, mas que são tão presentes e importantes para a construção de uma sociedade. Apresenta-nos uma pesquisa necessária e urgente dentro do que pode se compreender como cultura visual que, de maneira muito sucinta, entende-se como o debate sobre produção da imagem e suas possibilidades de representação, alinhavando artes visuais e áudio visual/cinema, televisão e seus mecanismos, como as propagandas. Numa esteira muito bem consolidada, Bruno desdobra-se por meio de filmes e curtas buscando observar as narrativas que atravessam a pornografia, tais como o.a.e.s corpo.a.e.s dissidentes de gênero e desobedientes sexuais, encaminhando-nos para sua reflexão sobre a pós-pornografia. Entre clássicos da historiografia cinematográfica adulta, ou seja, pornô e filmes caseiros, Bruno narra as mudanças de aparelhagens tecnológicas, como os smartphones, que mudaram as perspectivas das relações e práticas com a pornografia e a sexualidade, desenvolvendo-se também na pós-pornografia.Por fim, meu conselho é: ao ler este livro, o faça completamente nu.a, livre de roupas e permita-se experiências outras. Que a pós-pornografia seja uma porta aberta para debates urgentes e que as práticas sexuais sejam cada vez mais libertadoras!" (Bruno Novadvorski – Prefácio)
VOLUME 2: SOBRETUDO: DISCURSO, IMAGINÁRIO E FIGURINO EM A BELA DA TARDE
por Helio Ricardo Sauthier
“Este livro integra o grupo de publicações que foram consideradas as melhores pesquisas desenvolvidas por aqueles que fizeram parte da primeira turma do curso de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Cinema e Artes do Vídeo (PPG-CINEAV), ofertado pelo Campus de Curitiba II – Faculdade de Artes do Paraná (FAP), da Universidade Estadual do Paraná (Unespar).Seu autor, Me. Hélio Ricardo Sauthier, é um pesquisador maduro, que por anos tem sido guiado em suas leituras e apreciações pelo seu próprio interesse nas áreas de conhecimento que este trabalho tange (Artes Visuais, Cinema e Moda) e que, nesse feliz momento de sua trajetória na formação acadêmica, foi sabiamente orientado nos caminhos da análise do discurso pela Profa. Dra. Beatriz Avila Vasconcelos. O estudo aqui apresentado aborda a criação, fixação e permanência no imaginário social de um ícone. Ele tem por foco a caracterização cinematográfica da personagem Séverine Sérizy, concebida em 1928 pelo jornalista e novelista francês Joseph Kessel (1898-1979) em seu romance ‘Belle de Jour’. Séverine entrou para o imaginário mundial como um ideal de beleza feminina que personifica, em momentos distintos, o casto e o profano.” (Profa. Dra. Rosemeire Odahara Graça – Professora de História das Artes do Campus de Curitiba II – FAP, da Unespar)
VOLUME 3: CÓPIA FULEIRA [LIVRO ELETRÔNICO]: ESTÉTICA VHS NO CINEMA CONTEMPORÂNEO E O PROCESSO CRIATIVO DO FILME DUBLÊ DE NAMORADO / CHRISTOPHER FAUST.
por Christopher Faust
Cópia fuleira: estética VHS no cinema contemporâneo e o processo criativo do filme “Dublê de namorado”, de Christopher Faust, é fruto de sua pesquisa de mestrado orientada pelo Prof. Dr. Eduardo Tulio Baggio e defendida no Programa de Pós-Graduação em Cinema e Artes do Vídeo da Universidade Estadual do Paraná (PPG-CINEAV/Unespar). O período de realização da pesquisa junto à universidade é de 2020 a 2022, porém, a origem de seu fascínio pelo tema remonta ao início dos anos 2000, quando o jovem Faust, em Blumenau/SC, era um frequentador assíduo de videolocadoras. Neste período, o VHS ainda era o suporte incontornável de todo/a cinéfilo/a e a videolocadora era o espaço de formação da cinefilia brasileira.
VOLUME 4: A REALIDADE CRIATIVA NAS OBRAS DA CINEASTA MAYA DEREN
por Fernanda Ianoski Ferro
Olhar para a presente pesquisa sobre Maya Deren é também reconhecer as expressividades de Fernanda Ianoski, formada em Artes Plásticas, professora na educação básica, escritora, pesquisadora. Fernanda, mulher, é muito mais e constrói uma realidade criativa nas formas de experienciar a ciência. Não gratuitamente a autora escolhe Maya Deren para inspirar sua trajetória acadêmica, prolifera-se a identificação com uma mulher artista que pensa e realiza. Os escritos derenianos dão a ver uma artista experimental e uma teórica multifacetada, criativa. Deren é mulher e ser mulher exige criatividade, Fernanda Ianoski tem a consciência e empenha-se na expansão científica do tema.
VOLUME 5: INSPIRAR, CRIAR, COMPARTILHAR: CONVERGÊNCIAS NOS PROCESSOS DE CRIAÇÃO DE AGNÈS VARDA
por Silvane Maltaca
Inspirar e inspirar-se, ser criadora e criatura e compartilhar com o mundo o resultado de sua permanente análise do todo e das partes: esse foi o trabalho de Agnès Varda. Sua vida e sua obra encontraram em Silvane Maltaca uma imagem refletida e o ciclo de inspirar, criar e compartilhar repetiu-se nesse livro que agora temos em mãos. Em Inspirar, criar, compartilhar: convergências nos processos de criação de Agnès Varda, a artista é o objeto do olhar, sua obra cinematográfica, o meio pelo qual a enxergamos. Cinema para quem, para quê? Aprofundamento de estudo sobre uma obra ou quem a criou para quê, para quem? Tanto Agnès Varda quanto Silvane Maltaca analisam, estudam, desmembram aquilo sobre o que pousam seus olhos para poder ver mais de perto. Elas fazem um jogo de espelhos.
VOLUME 6: PARA ALÉM DO ÁLBUM: MEMÓRIAS E IMAGENS DE ACERVOS FAMILIARES NA CRIAÇÃO DE NARRATIVAS AUDIOVISUAIS
por Ana Paula Málaga Carreiro
Resultado de sua pesquisa de mestrado (PPG-CINEAV/UNESPAR), neste livro Ana Paula Málaga Carreiro reflete sobre memória familiar através de três curtas-metragens documentais brasileiros que utilizam imagens de acervos familiares para compor seu corpo imagético. Cada um dos capítulos se debruça sobre um filme: "Vó Maria" (de Tomás von der Osten, 2011, 6 min.), "Antes de Ontem" (de Caio Franco, 2019, 6 min.) e "Inconfissões" (de Ana Galizia, 2018, 22 min.). Partindo das fotografias e filmes Super-8 mostrado nos curtas, a autora busca analisar como jovens realizadores revisitam arquivos de suas próprias famílias para questionar as histórias contadas sobre seus familiares e sobre si mesmos.
VOLUME 7: MÚSICA VISUAL: MOVIMENTOS DO SOM E DA IMAGEM NO CINEMA ABSTRATO
por Vitor Droppa
Este livro investiga os processos históricos e artísticos influentes na fundação da Música Visual, focalizando as manifestações desse conceito que tomaram forma no recorte da arte moderna. Ancorando-se na abordagem da Audiovisuologia, busca contextualizar e compreender o objeto de estudo em meio a história das audiovisualidades entendida em seu sentido expandido, isto é: enquanto campo de experimentação das múltiplas possibilidades da relação entre o audível e o visível. No percurso, são os sons, as imagens e as palavras dos próprios artistas que norteiam a leitura, colocando em destaque as contribuições singulares e ainda pouco conhecidas da cineasta norte-americana Mary Ellen Bute.
VOLUME 8: ÉRIC ROHMER E O RAIO VERDE (1986): ENCENAÇÃO E CRIAÇÃO ENTRE O ACASO E O CONTROLE
por Giovanni Comodo
Resultado de sua pesquisa de mestrado (PPG-CINEAV/UNESPAR), neste livro Giovanni Comodo se debruça sobre filmes e textos de Éric Rohmer (1920-2010) em articulação com outros cineastas e escritores da época, dentro da abordagem proposta em Teorias de Cineastas. Tal qual Rohmer, Giovanni parece conduzir com perspicácia e leveza o trânsito de sua pesquisa científica entre a descoberta e a experimentação próprias ao acaso e o rigor formal necessário às produções acadêmicas.
VOLUME 10: CINEMA, CRIAÇÃO E REFLEXÃO: 10 ANOS DE CINECRIARE
por Alexandre Rafael Garcia e Débora Opolski
Este livro é uma celebração! Um tributo aos dez primeiros anos do grupo de pesquisa Cinecriare – Cinema: criação e reflexão, da Unespar. Fundado em 2014, sob a liderança do professor Eduardo Tulio Baggio, o Cinecriare surgiu como um espaço voltado à troca e ao aprofundamento de conhecimentos sobre cinema. A presente coletânea representa uma amostra concisa do trabalho que temos desenvolvido nos últimos anos, evidenciando o envolvimento coletivo nas atividades artísticas e acadêmicas do grupo Cinecriare. A maioria das pesquisadoras e pesquisadores que fazem parte do grupo trabalha ou já trabalhou na criação artística, o que reforça a característica marcante de interação entre pesquisa e prática criativa no grupo.
VOLUME 11: O PROCESSO DE CRIAÇÃO DA VIDEOARTE MARLENE: UM OLHAR SOBRE A (IM)PERMANÊNCIA DO CORPO EM PAISAGENS PESSOAIS E MATERIAIS
por Bianca Grabaski Accioly
VOLUME 12: CINEMA EXPERIMENTAL E ARTES VISUAIS NO BRASIL: O CASO DA GUERRILHA ARTÍSTICA (1967-1977)
por Frederico Franco
O presente livro tem como tema principal uma análise comparativa entre o cinema experimental brasileiro dos anos 1970 e a geração de artistas visuais conhecida por desenvolver aquilo que será conhecido como arte de guerrilha ou contra-arte. As principais questões investigativas dizem respeito a como pode se estabelecer relações estético-políticas entre as duas tendências artísticas citadas. Para isso, três filmes experimentais brasileiros foram selecionados para servirem como objetos de estudo desta pesquisa junto de uma gama de produções artísticas da dita geração AI-5, responsável pela disseminação do conceitualismo da contra-arte ou arte de guerrilha. Entre os mais variados filmes, três foram selecionados para compor o corpus desta obra. O primeiro é “Memórias de um estrangulador de loiras” (1971), dirigido por Júlio Bressane durante seu exílio em Londres; o segundo é “Sentença de Deus” (1972) , de autoria de Ivan Cardoso, gravado em 8mm; e o último, realizado pelo iconoclasta Edgard Navarro, é o célebre “O rei do cagaço”, também feito na bitola Super-8, já realizado na segunda metade dos anos 1970. Uma série de fatores levou à escolha desses filmes em particular. O primeiro diz respeito às possíveis aproximações das obras audiovisuais com a arte de guerrilha.